1.7.07

A INFÂNCIA BRASILEIRA


As crianças e adolescentes são quem mais sofrem com os conflitos sociais e com as contradições do capital. São as maiores vítimas de um cruel paradoxo da modernidade: aquele que possibilita viajar pelo mundo na tela do computador mas ao mesmo tempo relega à indigência milhões de seres humanos em desenvolvimento. Está na Declaração Universal dos Direitos do Homem: "(...) a maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais". No mesmo sentido, a Constituição Brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) colocam a criança e o adolescente como prioridade absoluta. A legislação brasileira é reconhecidamente avançada; a lei estabelece, no papel, um promissor cenário de política de atendimento e proteção a todas as crianças e adolescentes, envolvendo o Estado e a sociedade civil na execução e no controle das ações. Mas a crua realidade brasileira ainda nos apresenta um cenário degradante, no qual os direitos infantis e juvenis que a lei busca assegurar são desrespeitados de forma acintosa. Esses direitos são sordidamente ofendidos pelo trabalho infantil, pela exploração sexual, pelo tráfico de drogas e pela vida nas ruas. Criança deve viver em um ambiente sadio, onde possa desenvolver-se. Onde possa brincar, estudar, receber amor e carinho; alimentar-se bem, ter acesso a transporte e a moradia decente. O Iraque pode ser aqui. Está ali no Calçadão, no terminal urbano, nos semáforos ou nos mocós. A guerra daqui não é tão menor do que a que acompanhamos via satélite pela televisão. Apesar de silenciosa, a nossa guerra mata tanto quanto os conflitos bélicos. As crianças já nascem excluídas do acesso aos direitos mais elementares, pois para atender os modelos de governos vigentes em todo mundo, é necessário haver uma horda sobrante. Márcio
Essa mensagem desse autor citado acima expressou com muita clareza o que estamos vendo na disciplina história da infância.Essa é uma realidade que parece estar banalizada pelos nossos governantes como, se já que é essa nossa realidade devemos nos conformar ou apenas lamentar.

2 comentários:

Daiane Grassi disse...

Oi Lu... É, é ímpressionante como o conformismo toma conta de nosso país em vários aspectos. Mas este, com relação as crianças choca de maneira especial! Na hora de estabelecer as leis é fácil, não hora de pô-las em prática, aí é que o bicho pega! Daí entramos nós como educadores, tentando fazer o melhor para com elas! Uma braço e uma ótima semana! Daiane

Colégio Érico Veríssimo disse...

Olá Lu!!
Como está?
Realmente vivenciamos a cada dia esta triste realidade e buscamos, através da nossa prática, mudar esta situação, vista como algo "normal".
Abraços, Vanessa