30.10.09

Filme:O menino selvagem





O filme traz uma historia muito comovente podendo fazer uma breve comparação ao filme infantil “O menino lobo”.
A história tem seu inicio em uma floresta francesa com o menino andando pelo ao redor quando uma camponesa que ali colhia cogumelos ouve ruídos se assusta joga seu cesto longe e foge saindo em busca de ajuda.
Tempo mais tarde aparece alguns caçadores com espingardas e cachorros para capturar o tal animal selvagem que para sua surpresa não passava de um garoto de 11,12 anos com comportamento habitual de um animal silvestre.
O garoto vivia na floresta com hábitos de um animal selvagem, com a captura de Victor, que assim foi chamado mais tarde, sai uma noticia em um jornal e desperta a curiosidade de um jovem médico Dr.Itard que se interessa pelo caso,.Itard quer trazer o garoto para Paris para estudar seu grau de inteligência e a natureza das idéias já que este esteve privado de educação por ter vivido afastado de sua espécie.
Em um primeiro momento o menino é posto em um celeiro, depois vai para a prisão de Rodez até chegar em Paris.
Uma equipe medica consegue autorização do governo para trazê-lo e estudar o caso.
A curiosidade da população local é despertada em relação ao modo de ser e agir do garoto.
Ao chegar em Paris especialistas começam a fazer exames clínicos observam varias cicatrizes ao longo do corpo e um corte na traquéia sugerindo uma suposta tentativa de assassinato.
Depois de exames e observarão do comportamento de Victor Pinel considera que o menino não passa de um idiota irrecuperável Itard desconsidera sua opinião considerando possível recuperar o atraso provocado pelo isolamento.
Para provar a seu ponto de vista Itard recebe a tutela do garoto e o leva para sua casa, assim na sua casa com a ajuda de uma governanta dá inicio a árdua tarefa de desenvolver seus sentidos educação,mesmo depois de varias tentativas Itard percebe que falhou e sua fala retrata seu descontentamento quando diz “Já não és selvagem,embora não sejas ainda um homem”.
A historia de Victor nos mostra o quanto as pessoas tende a desprezar os que são diferentes,magoando não atribuindo sensibilidade sociedade civilizada é mais violenta que o meio selvagem,isso prova as agressões sofridas pelo menino.
Fazendo uma breve comparação acredito que esse desrespeito também ocorre a comunidade surda, a agressão que os surdos sofrem não são físicas mas de ordem moral,essa vem acompanha da descredibilidade associada a invalidez de capacidade de estar presente na sociedade de forma ativa contribuindo para o desenvolvimento social.
Quantos surdos não devem ter tido o mesmo diagnóstico de Victor de um idiota irrecuperável, a violência não é atributo da natureza selvagem mas também de uma sociedade que sofre de uma doença chamada ignorância.
As diferenças devem ser respeitadas e aceitas por uma sociedade que fala evolução

22.10.09

AULA PRESENCIAL

Ontem tivemos aula presencial das interdisciplinas Educação de Jovens e Adultos e Didática.No primeiro momento assistimos a um vídeo do Paulo Freeire onde tratava da alfabetização do EJA.O video muito emocionante com relatos extremamente comoventes.

Até o presente momento só fizemos leituras a respeito dessa realidade de alfabetização, e eu como uma grande maioria dos colegas desconhecemos a verdadeira realidade de sala de aula desse público,com esse video deu para sentir um pouco do que a teoria vem nos mostrando.Ao ver as produções desses alunos e os relatos de seus crescimentos na descoberta da escrita e leitura me fez encher os olhos de lágrima.

A alegria,a emoção deles em poder estar inserido na sociedade tendo contato com a leitura diaria como ler o letreiro de um ônibus,uma revista que encontrou é simplismente fantástico ou mesmo a felicidade de poder identificar o remetende de uma correspondência quando chega em suas casa como expos um aluno esbanjando um largo sorriso.Percebi também que ainda se sentem muito inseguros na hora de ler,algumas das leituras que fazem fora da sala de aula procuram trazer para professora dar seu parecer de certo ou errado.

A algum tempo venho me interessando por essa educação só de ouvir colegas que trabalham com EJA,agora que venho estudando a respeito senti uma certa inquietação para me inserir nessa alfabetização.Ao mesmo tempo que me sinto atraida me causa medo,trabalhar com esses adultos é um desafio muito grande,o desafio na verdade é de ambos.o aluno que precisa lutar para permanecer o tempo máximo na escola e do educador que precisa mantê-los sabendo da realidade que puxam para fazer com que a escola não seja o primordial em suas vidas.

Essa foi a parte boa da aula porque no mais pareceu que os ânimos estavam exaltados,gostaria apenas de registrar que ninguém é diferente de ninguém,os problemas podem ser diferentes de pessoa para pessoa mas todos nós temos os nossos e cada um com seu peso.Seria mais tranquilo se ao ir para aula tentar ter um pouco mais de paciência e controlar emoções.Já que necessitamos nos fazer presente então sugiro que façamos desse momento o mais agradável possivel.